Os riscos do transtorno de somatização

Entrevista: Os riscos do transtorno de somatização

Danielle Admoni

Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) realizado em 15 países, incluindo o Brasil, apontou que aproximadamente 50% das pessoas que procuram atendimento médico e são submetidas a exames clínicos e de imagem não apresentam uma doença física constatável, reconhecível e catalogável pela Classificação Internacional de Doenças (CID). Esse fenômeno, chamado de transtorno de somatização ou doença psicossomática, é muito comum e chega a atingir até 60% da população brasileira em algum momento da vida, um índice considerado alarmante. Esses sintomas sem explicação clínica estão associados a sofrimento mental em vários contextos, prejudicando a qualidade de vida e as relações sociais e profissionais. A psiquiatra Danielle Admoni, supervisora de residência da Universidade Federal de São Paulo-Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), vai nos contar como identificar o risco de estar caminhando para uma doença psicossomática e o que fazer para evitar que isso atrapalhe a saúde de forma geral.