Cirurgia refrativa corrige problemas de visão

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Cirurgia refrativa corrige problemas de visão

Escrito por: Fernanda Ortiz

Para corrigir vícios de refração como miopia, hipermetropia e astigmatismo, a cirurgia refrativa (a laser) tem se tornado um procedimento oftalmológico cada vez mais popular por proporcionar uma visão nítida e livre da necessidade de óculos ou lentes corretivas. De acordo com uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil mais de 35 milhões de pessoas sofrem com algum problema de visão. A miopia é a mais prevalente na população brasileira, acometendo 27,7% de pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é que entre 2020 e 2040 o número global de altos míopes aumente 74%, passando de 399 milhões para 695 milhões.

“A cirurgia refrativa com o uso de laser é um procedimento que mexe na curvatura da córnea modelando seu formato, resultando na correção dos graus”, esclarece o médico oftalmologista Edmundo Martinelli, professor e chefe do Setor de Cirurgia Refrativa da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). O procedimento, realizado após avaliação oftalmológica completa com exames específicos, é indicado para pacientes que desejam diminuir ou eliminar a dependência do uso de óculos ou de lentes de contato.

Entre os procedimentos a laser, os mais indicados e que oferecem resultados seguros e precisos são as técnicas denominadas LASIK e PRK. “Na técnica LASIK, o laser é aplicado em uma região mais profunda da córnea. Primeiro, com o laser de femtosegundo que permite alcançar a profundidade da córnea, seguido do excimer laser que faz o tratamento personalizado do grau”, descreve o médico. Já na técnica PRK, a aplicação do excimer laser é feita em uma região mais superficial da córnea com a remoção da primeira camada de células, chamada epitélio. Após o procedimento, é colocada uma lente de contato terapêutica para proteção e cicatrização da córnea.

Ambas as técnicas são eficientes e levam aos mesmos resultados do ponto de vista de correção dos graus. Porém, com tempos diferentes em relação à recuperação da nitidez da visão e do retorno às atividades de trabalho. Com a LASIK, o paciente já está liberado no dia seguinte e, com a PRK, por conta da cicatrização, o prazo de recuperação leva de 5 a 7 dias. A escolha da técnica mais adequada é uma decisão médica, baseada nos exames realizados e em fatores individuais, que devem ser explicados e discutidos com o paciente.

Apesar de procedimentos cirúrgicos não serem isentos de riscos, a cirurgia a laser apresenta menores índices de complicações. No pós-operatório imediato são dadas orientações importantes sobre o uso de colírios, cuidado com os olhos e retorno gradativo às atividades de trabalho. “Sugere-se controle em consultas trimestrais no primeiro ano pós-tratamento e manutenção de acompanhamentos semestrais ou anuais nos anos seguintes”, orienta o especialista. A incidência do retorno do grau é baixa, em torno de 4%, podendo ser indicado o retratamento desde que os exames oftalmológicos se apresentem normais.

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