Cirurgia robótica é inovadora para diástases

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Cirurgia robótica é técnica inovadora para diástases

Escrito por: Fernanda Ortiz

Indicada para pacientes com diástase dos músculos abdominais (afastamento dos músculos retos do abdômen) ou hérnias das paredes abdominais, a cirurgia robótica é uma técnica de correção inovadora. Além disso, a técnica é segura e minimamente invasiva, permitindo uma rápida recuperação. Por isso, a robótica tem sido amplamente utilizada em substituição às cirurgias abdominais tradicionais, que são mais arriscadas por causa da extensa incisão e levam a um longo processo pós-operatório.

De acordo com o cirurgião especialista em hérnias de parede abdominal e diástase Rodrigo Galhego, e chefe da cirurgia do Hospital Daniel Lipp, no Rio de Janeiro, a cirurgia robótica é um procedimento de reparo avançado. “Para a técnica são realizados três pequenos furos próximos do púbis. As pinças robóticas manejadas pelo cirurgião permitem movimentos precisos e delicados para fechar a área abaulada no centro do abdômen, fixando os músculos em diversos pontos internos”, descreve.

A visão tridimensional do sistema robótico e a capacidade de ampliar a imagem aumentam o índice de sucesso e reduzem o potencial de complicações, confirmando que a técnica é segura e minimamente invasiva. O médico destaca, ainda, que nos casos em que exista hérnia umbilical ou epigástrica pode ser colocada uma tela de proteção para reforçar o fechamento.

Primordialmente, a técnica reduz o índice de complicações e recidiva. “Além disso, o pós-operatório é tranquilo, sem dores ou cicatrizes aparentes, possibilitando um rápido retorno às atividades normais”, acentua o médico, que é membro da Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH). O tempo de internação varia entre 1 e 2 dias.

Sintomas desconfortáveis

A diástase é uma condição em que os músculos retos abdominais se separam, ocasionando enfraquecimento muscular e proeminência do abdômen. O grande problema é o surgimento de hérnias, dentre as quais a umbilical, inguinal (na virilha), incisional (no local de uma cicatriz anterior) e epigástrica (pouco acima do umbigo).

“Essas hérnias geram sintomas como dor abdominal, a depender do tamanho e da localização; dor ao praticar exercícios e desconforto estético com um abaulamento no local da hérnia”, explica o médico. Geralmente, a diástase ocorre devido a fatores como gravidez, ganho de peso excessivo ou enfraquecimento muscular por causa do envelhecimento.

Entretanto, quando as diástases são muito pequenas e sem hérnias associadas pode haver alguma melhora com exercícios físicos e fisioterapia direcionada. Porém, não de forma definitiva. “É preciso operar quando o paciente apresenta incontinência urinária, dor lombar, incômodos ou desconforto estético”, alerta. O médico orienta que adiar o procedimento pode fazer com que a hérnia aumente de tamanho, os sintomas se intensifiquem e a complexidade da cirurgia seja maior.

Ademais, podem ocorrer outras complicações que incluem estrangulamento e encarceramento da hérnia, o que exige cirurgia de emergência. Para evitar esses e outros problemas, a recomendação é conversar com o especialista sobre as opções de tratamento e o momento mais adequado para o procedimento.

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