Meta-análise confirmou benefícios

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Meta-análise e efeito de probióticos no diabetes

Escrito por: Adenilde Bringel

Para avaliar a eficácia dos probióticos no diabetes mellitus tipo II (DM2), cientistas chineses realizaram uma ampla pesquisa de estudos publicados antes de junho de 2019. Composta de 15 ensaios clínicos randomizados, com um total de 902 participantes, a meta-análise confirmou os benefícios dos probióticos em vários parâmetros da doença.

Os pesquisadores usaram hemoglobina glicada A1c (HbA1c), modelo de avaliação de homeostase de insulina resistência (HOMA-IR) e glicemia de jejum (GJ) como indicadores para DM2. A diferença média ponderada de variância inversa (ADM), com intervalo de confiança de 95%, foi calculada para as alterações médias de HbA1c, glicemia em jejum (FBG na sigla em inglês) e HOMA-IR em relação ao valor basal.

A pesquisa envolveu dados publicados no PubMed, Web of Science, China National Knowledge Infrastructure, Chinese Scientific Journal Databases, banco de dados Wan Fang e disco de medicina biológica da China para estudos relevantes. “Considerando a heterogeneidade clínica causada pela variação da dosagem e duração do tratamento probiótico, o modelo de efeitos aleatórios foi utilizado para estimar a ADM agrupada”, explicam.

Como resultado, a meta-análise confirmou os benefícios dos probióticos na DM2. Primordialmente, o estudo indicou que o uso de probióticos pode reduzir HbA1c, glicemia de jejum e nível de resistência à insulina em pacientes. No entanto, os cientistas afirmam que mais dados clínicos e pesquisas sobre o mecanismo dos probióticos são necessários para esclarecer o papel desses microrganismos no diabetes mellitus tipo 2.

Disfunção gastrointestinal

O diabetes mellitus tipo II é uma doença metabólica prevalente que tem atraído grande atenção devido à sua incidência crescente e múltiplas complicações. Embora seja caracterizado pelo aumento da glicemia de jejum e da hemoglobina glicosilada, também ocorre uma série de sintomas de disfunção gastrointestinal nesses pacientes. Por exemplo, retardo no esvaziamento gástrico ou esofágico, gastroparesia diabética, constipação, diarreia e obesidade. “O envolvimento da disfunção gastrointestinal é, portanto, considerado como um estágio no desenvolvimento do DM2”, acentuam os autores.

De acordo com os cientistas, acredita-se que o DM2 seja causado por uma série de múltiplos fatores, a exemplo de risco genético, idade, sobrepeso ou obesidade e estilo de vida pouco saudável. Porém, recentemente evidências sugerem que o risco de diabetes mellitus tipo 2 também pode envolver fatores da microbiota intestinal. O estudo ‘Effects of probiotics on type II diabetes mellitus: a meta-analysis’ foi publicado na Revista de Medicina Translacional (doi.org/10.1186/s12967-020-02213-2).

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