Alopecia é uma condição genética

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Alopecia androgenética feminina é hereditária

Escrito por: Fernanda Ortiz

Com alta prevalência e impactos importantes no bem-estar emocional, a alopecia androgenética é uma condição genética e hereditária. Descrita pelo afinamento e pela diminuição progressiva de densidade dos fios de cabelo, a doença leva ao surgimento de áreas afiladas, especialmente no topo da cabeça. Sem cura, seu tratamento é desafiador, primeiramente porque as opções terapêuticas nem sempre atingem a expectativa dos pacientes. Frequentemente associada aos homens, a condição também afeta as mulheres. De acordo com especialistas, cerca de 5% das brasileiras convivem com o problema.

Normalmente, todo indivíduo perde de 50 a 150 fios de cabelo por dia. No entanto, se a queda se apresenta em excesso pode ser um indicativo de que algo está errado. A sensibilidade dos folículos capilares aos hormônios andrógenos, em especial a testosterona, é a principal causa desse processo. “Na alopecia androgenética, os folículos capilares gradualmente encolhem e diminuem a produção de fios de cabelo saudáveis. Isso resulta em uma redução progressiva na densidade capilar, afetando principalmente a região do topo da cabeça”, explica o médico dermatologista Gustavo Martins, membro da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar (ABCRC).

Embora as mulheres enfrentem essa condição em menor proporção, isso não diminui os impactos emocionais significativos que podem ser vivenciados. De acordo com o médico, cada caso de alopecia androgenética é único e o tratamento pode variar de acordo com a gravidade e as necessidades individuais de cada paciente. “Felizmente, existem opções terapêuticas disponíveis, a exemplo dos medicamentos tópicos antiandrógenos que possuem substâncias neutralizadoras dos hormônios masculinos, diminuindo a produção de testosterona”, descreve. Além disso, há opções de terapias a laser e transplante capilar, que podem ajudar a retardar a progressão da queda de cabelo e estimular o crescimento dos fios.

Indicações 

O transplante capilar é indicado principalmente para a alopecia androgenética, em virtude de não ter cura e ser um dos meios mais eficazes para reverter o problema. Existem duas técnicas distintas, cuja resposta é individualizada. O Transplante de Unidades Foliculares (FUT, na sigla em inglês) é feito a partir da extração de uma grande área de cabelo que será transplantada para a área receptora. A técnica é realizada através de microincisões no couro cabeludo.

Já a Extração de Unidades Foliculares (FUE, na sigla em Inglês), é uma das técnicas mais modernas e usadas atualmente – representando 95% dos transplantes. A técnica consiste, basicamente, na coleta individual de unidades foliculares de uma área doadora e posterior aplicação em regiões calvas. “Essa técnica não exige incisão e, consequentemente, não deixa a cicatriz linear no couro cabeludo”, observa o especialista. 

Mesmo com a utilização de técnicas modernas e com resultados satisfatórios, é importante destacar que a alopecia androgenética (ou calvície feminina) não tem cura definitiva. Por isso, o acompanhamento médico especializado – preferencialmente com um profissional de Tricologia – terá um papel fundamental para avaliar, diagnosticar e identificar o melhor tratamento para cada paciente. Além disso, o especialista poderá oferecer suporte emocional durante todo o processo, especialmente para as mulheres.

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